quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Dia do professor

As expressões "dia de", "dia do", "dia da", etc, foram cunhadas para de alguma forma homenagear e não sabemos se o comércio neste dia do professor vende presentes como em outras datas festivas.


A história da educação retrata como era no passado o funcionamento do ensino a começar pelas primeiras letras normalmente ensinadas no próprio lar. No entanto ao folhearmos as páginas das Sagradas Escrituras aprendemos que Deus em seu cuidado e amor determinou que além do intelecto o pai deveria também ensinar e de forma exaustiva os preceitos morais e eternos de Sua Palavra. Assim conta o registro bíblico em Deuterônomio 6.6-9, "Estas palavras que, hoje, te ordeno estarão no teu coração; tu as inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-te, e ao levantar-te. Também as atarás como sinal na tua mão, e te serão por frontal entre os olhos. E as escreverás nos umbrais de tua casa e nas tuas portas".
Em uma leitura apressada do texto acima pode parecer exagero a sua prática, mas é bom ressaltar que a estrutura familiar dessa época atesta os felizes resultados advindos, já que são prescrições do próprio Deus que vencem tempo e espaço, podendo ser obedecidas atualmente.



Ora, a função do professor dentro do sistema escolar é nobre, mas o papel da família não pode ser delegado a nenhum outro segmento. Perguntas que parecem ingênuas são feitas constantemente entre elas; "por que a violência chegou assustadoramente às salas de aula", e diga-se sem nenhum pudor ou medo de correção por parte dos infratores. Talvez muitas respostas, mas uma é circunstancial e emblemática: a família (não todas), tem perdido o lugar de referência. De absolutos. De ordem, disciplina e parâmetros.



Até um pouco de religiosidade tem sido posta em dúvida em muitos lugares, ou seja, Deus foi expulso acintosamente, o que se deve esperar então? A máxima de "a toda ação, corresponde uma reação" tem também suas implicações no âmbito moral.

Fora baixos salários, plano de carreira no papel e como assunto apenas de ano eleitoreiro, o professor conseguia suportar tais desmandos e percalços, mas agora, não só com a violência descabida dentro do espaço escolar, mas também o vandalismo, o número de professores estressados e virando as costas à profissão tem aumentado consideravelmente. Bem, falta de reunião buscando soluções para, diga-se, amenizar esse quadro, não é o caso e tem ocorrido muitas e outras mais haverão, mas que tivessem resultados positivos e visíveis sem o famosíssimo blá, blá, blá.



Neste dia 15/10, dia do professor, nossos sinceros parabéns, seja pelo sacerdócio, pela profissão ou até pela necessidade, mas que cada professor pudesse ser lembrado e festejado por bons salários, pelo reconhecimento e respeito, pois do jeito que as coisas caminham e não irá muito longe, professor será profissão de alto risco.

Que a todos Deus abençoe em Cristo Jesus.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

O vinho nos tempos do Antigo Testamento [Parte I]



INTRODUÇÃO

Foi aventada na última postagem entre as possibilidades, a de um artigo que falasse sobre o que a Bíblia diz sobre o vinho, seja ele o fermentado (o que leva à embriaguez), o suco da uva assim como o respectivo uso e considerações que a Palavra de Deus faz sobre o assunto.

Tendo em vista o assunto em pauta fazer parte de alguns artigos da Bíblia de Estudo Pentecostal (Edições CPAD) e pela forma pertinente como alí aparece, segue a transcrição em sua íntegra, o que será feita em partes por serem matérias longas.





O VINHO NOS TEMPOS DO ANTIGO TESTAMENTO

Números 6.3 "de vinho e de bebida forte se apartará; vinagre de vinho ou vinagre de bebida forte não beberá; nem beberá alguma beberagem de uvas; nem uvas frescas nem secas comerás."

Palavras hebraicas para "vinho". De um modo geral, há duas palavras traduzidas por "vinho" na Bíblia.

[1] A primeira palavra, a mais comum, é yayin, um termo genérico usado 141 vezes no Antigo Testamento para indicar vários tipos de vinho fermentado ou não-fermentado (ver Neemias, que fala de "todo o vinho [yayin]" = todos os tipos).
- (a) Por um lado, yayin aplica-se a todos os tipos de suco de uva fermentado (Gênesis 9.20,21; 19.32,33; 1 Samuel 25.36,37; Provérbios 23.30,31). Os resultados trágicos de tomar vinho fermentado aparecem em vários trechos do Antigo Testamento, notadamente Provébios 23.29-35.
- (b) Por outro lado, yayin também se usa com referência ao suco doce, não fermentado, da uva. Pode referir-se ao suco fresco da uva espremida. Isaías profetiza: "já o pisador não pisará as uvas [yayin] nos lagares" (Isaías 16.10); semelhantemente, Jeremias diz: "fiz que o vinho [yayin] acabasse nos lagares; já não pisarão uvas com júbilo" (Jeremias 48.33). Jeremias até chama de yayin o suco ainda dentro da uva (Jeremias 40.10,12). Outra evidência que yayin, às vezes, refere-se ao suco não fermentado da uva temos em Lamentações, onde o autor descreve os nenês de colo clamando às mães, pedindo seu alimento normal de "trigo e vinho" (Lamentações 2.12).

O fato do suco de uva não-fermentado poder ser chamado "vinho" tem o respaldo de vários eruditos. A Enciclopédia Judaica (1901) declara: "O vinho fresco antes da fermentação era chamado yayin-mi-gat [vinho de tonel] (Sanh, 70a)". Além disso, a Enciclopédia Judaica (1971) declara que o termo yayin era usado para designar o suco de uva em diferentes etapas, inclusive "o vinho recém-espremido antes da fermentação." O Talmude Babilônico atribui ao rabino Hiyya uma declaração a respeito de "vinho [yayin] do lagar" (Baba Bathra, 97a). E em Halakot Gedalot consta: "Pode-se espremer um cacho de uvas, posto que o suco da uva é considerado vinho [yayin] em conexão com as leis do nazireado" (citado por Louis Ginzberg no Almanaque Judaico Americano, 1923, pp. 408, 409). Para um exame de oinos, o termo equivalente no grego do Novo Testamento, à palavra hebraica yayin, ver os estudos O vinho nos tempos do Novo Testamento (1) e (2), p. 1517 e p. 1573, da Bíblia de Estudo Pentecostal, que se possível também será postado nesse blog.


[2] A outra palavra hebraica traduzida por "vinho" é tirosh, que significa "vinho novo" ou "vinho da vindima". Tirosh ocorre 38 vezes no Antigo Testamento; nunca se refere à bebida fermentada, mas sempre ao produto não-fermentado da videira, tal como o suco ainda no cacho de uvas (Isaías 65.8), ou o suco doce de uvas recém-colhidas (Deuterônomio 11.14; Provérbios 3.10; Joel 2.24).

Brown, Griver, Briggs (Léxico Hebraico-Inglês do Velho Testamento) declaram que tirosh significa "mosto, vinho fresco ou novo". A Enciclopédia Judaica (1901) diz que tirosh inclui todos os tipos de sucos doces e mosto, mas não vinho fermentado". Tirosh tem "bencão nele" (Isaías 65.8); o vinho fermentado, no entanto, "é escarnecedor" (Provérbios 20.1) e causa embriaguez (Provérbios 23.31).


[3] Além dessas duas palavras para "vinho", há outra palavra hebraica que ocorre 23 vezes no Antigo Testamento, e frequentemente no mesmo contexto _ shekar, geralmente traduzida por "bebida forte" (1 Samuel 1.15; Números 6.3). Certos estudiosos dizem que shekar, mais comumente, refere-se a bebida fermentada, talvez feita de suco de palmeira, de romã, de maçã, ou de tâmara.

A Enciclopédia Judaica (1901) sugere que quando yayin se dintigue de shekar, aquele era um tipo de bebida fermentada diluída em água, ao passo que esta não era diluída.

Ocasionalmete, shekar pode referir-se a um suco doce, não fermentado, que satisfaz (Robert P. Teachout: "O Uso de Vinho no Velho Testamento", dissertação de doutorado em Teologia, Seminário Teológico Dallas, 1979).

Shekar relaciona-se com shakar, um verbo hebraico que pode significar "beber à vontade", além de "embriagar". Na maioria dos casos, saiba-se que quando yayin e shekar aparecem juntos, formam uma única figura de linguagem que se refere às bebidas embriagantes.