quarta-feira, 1 de abril de 2015

Que se exalte mais o nome do Senhor Jesus

"Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu um nome que está acima de todo o nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda a língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai" (Filipenses 2. 9 -11).

O principal objetivo de um culto cristão é o de glorificar a Deus na pessoa de seu amado Filho Jesus, mas infelizmente certas linguagens, palavras e expressões chulas que poderiam ser evitadas tomaram lugar comum para alguns o que indica maus hábitos para não se dizer um vicio em repeti-las de maneira abusiva. Aqui, uma de nossas alusões é a de citar o nome do nosso adversário, o príncipe das trevas, reiteradas vezes e de maneira enfática esquecendo-se obviamente que é a Jesus que se deve exaltar. 
Recorrendo a alguns nomes próprios no Antigo Testamento que tinham ligação com Baal, o supremo deus dos cananeus, há dois exemplos,  em 2 Samuel 2 .8 e 4. 4.
Quanto as duas referências transcrevo o comentário da Bíblia de Estudo Almeida (SBB, 1999): "O nome desse filho de Saul originalmente era Is-Baal (homem de Baal), mas o texto hebraico o mudou para Isbosete (homem de vergonha). Evitava-se, assim, pronunciar o nome de Baal, divindade pagã particularmente odiosa para o povo de Israel" (cf. Oséias 2. 17).
Em comentário idêntico a mesma Bíblia acima citada fala em 2 Samuel 4. 4: "Mefibosete. O nome deste filho de Jônatas era, na verdade, Meribe-Baal (O meu advogado é Baal, cf 1 Crônicas 8. 34) ou Meri-Baal, O meu senhor é Baal, mas o escritor bíblico, para não referir-se ao deus cananeu Baal, alterou o nome para Mefibosete, que significa "Semeador de vergonha".
A questão era tão séria que mais tarde em Oséias 2. 16, 17, é Deus quem se manifesta: "Naquele dia,  diz o Senhor, ela me chamará: Meu marido e já não me chamará: Meu Baal; Da sua boca tirarei os nomes dos baalins, e não mais se lembrará desses nomes".

O senhor Jesus na parábola do joio (Mateus 13. 24 30; 36-39) faz referência a "um inimigo que fez isso", mas à frente com intuito de  maior clareza ele diz: "o inimigo que o semeou é o diabo".
Esclarecido deve ser que não se trata de medo ou qualquer receio o fato  de se pronunciar o nome de nosso arqui- inimigo, mas o de se promover como adoradores a reverência e principalmente a  quem dirige o culto para que a atmosfera seja propícia a presença do Espírito Santo. Não bastasse certos exageros em se falar o nome ou nomes do adversário de Deus e sua obra, com certo asco já presenciamos caso em que a pessoa cita nomes de entidades demoníacas do candomblé e outros segmentos correspondentes com uma desenvoltura que em nada edifica.
Os muitos  testemunhos de pessoas que outrora foram escravas destas entidades do mal, hoje libertas pelo poder de Deus, atestam que lá em seus cultos e reuniões não fazem referência aberta e direta a nenhuma pessoa da Trindade divina e se o fazem é em tom de zombaria e blasfêmia.

É interessante e motivo de redobrada atenção as referências que a Bíblia faz ao cruel adversário de Deus e da humanidade, pois ele sempre aparece  em contexto de oposição, resistência, acusação e tentando ser uma espécie de contramão aos desígnios mais santos do Senhor.
Em Jó 1. 6, ele é o acusador do patriarca Jó. Em Zacarias, ele não só acusa, mas afronta o sumo sacerdote Josué (Zacarias 3. 1). O adversário aproveita-se de um descuido de Pedro que antes havia feito uma solene confissão da divindade de Cristo (Mateus 16. 23). No início do ministério terreno de Jesus, o tentador colocou três armadilhas  para tentar o Senhor a mudar de rumo e desobedecer frontalmente ao Pai (Mateus 4. 1 - 11).

Por que então esse frisson em se falar tantas vezes o nome do nosso maior adversário, o que torna-se constrangedor e inoportuno, aliás, em nenhum culto tal linguajar deveria aparecer ou que se faça com a maior brevidade possível nunca esquecendo que seja na igreja, nos lares, etc., reunimo-nos para a propagação do evangelho do Senhor Jesus e exaltar seu santo eterno e sublime nome sempre digno sobre todos os nomes conforme o apóstolo frisou bem em Filipenses. 

Deus, em Cristo, a todos abençoe e guarde para o dia da eternidade.

Pr. Josué Ribeiro da Costa. Aprendiz de Teologia.