terça-feira, 16 de outubro de 2012

O coração, um inestimável tesouro

"Sobre tudo o que se deve guardar, guarda  o teu coração porque dele procedem as saídas da vida" (Provérbios 4.23).

Coração aqui como parte principal do nosso ser e do nosso psiquismo. Segundo o Pr. Antonio Gilberto, "o nosso psiquismo consiste de três distintos poderes da alma: (1) intelecto; (2) afetividade; (3) vontade. O referido pastor e biblicista, também enfatiza, que a nossa vida para ser normal e equilibrada (inclusive a nossa saúde), depende da proporcionalidade e da harmonia desses três poderes ou faculdades da alma, e acrescenta que nossa afetividade também consiste de três grandes grupos de funções que são as emoções, paixões e os sentimentos. Em Lucas 10.27, onde a Bíblia trata dos três poderes da alma, a afetividade vem em primeiro lugar" (Apostila: A família Cristã, p.27. Pr. Antonio Gilberto).

Deus a todos abençoe em Cristo Jesus.

Pr. Josué Ribeiro da Costa. Aprendiz de Teologia.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Uma sugestão

Com os mais variados argumentos, muitas igrejas evangélicas têm inserido na liturgia cultos com temas, que segundo dizem, atraem o povo, a massa, os interessados em movimento, em bençãos, etc. O que segue-se,  é  apenas uma amostra, um ensaio.

Na segunda-feira, o culto da vitória. Na terça, o culto da prosperidade. Na quarta, o culto de libertação. Na quinta, o culto dos empresários. Na sexta, o culto das causas impossíveis. No sabádo, o culto da família. No domingo, um culto de louvorzão.

Com certeza, deve existir outros tipos de culto e reuniões diversas que podem ser sugeridos, mas como tem ocorrido uma temerária falta de pregação e ensino da Palavra de Deus na maioria dos referidos cultos, e por se ver tantos crentes raquíticos espiritualmente, sugiro um culto que se ensine sobre caráter cristão, testemunho de vida, consagração, amor e apego a Bíblia, anelo crescente pela volta de Jesus para arrebatar sua igreja. Que se ensine sobre elevados padrões de moralidade e espiritualidade, não apenas a membresia, mas à liderança. Que os referidos mensageiros, responsáveis pela pregação e ensino da Bíblia, tenham coerência entre o falar na e da tribuna, com a vida cotidiana.

Reconhecemos agradecidos, que em muitas igrejas exista a preocupação com o que será ministrado. Que também exista uma  incessante busca por parte da liderança pela sabia orientação do Espírito Santo de Deus. Que exista seriedade na condução de seus respectivos cultos. No entanto, é lamentável também reconhecer, que noutros lugares, haja uma espécie de maquiagem que dura apenas na hora do culto. 

Se não houver o sistemático ensino da Palavra de Deus, o povo se corrompe, implicando em falta de compromisso, de seriedade, de quebrantamento.
Como nos dias de Esdras e Neemias almejamos por um reavivamento consistente baseado em princípios bíblicos. (1º) A leitura e explicação da Lei do Senhor que para muitos hodiernamente, seriam quase exaustivas (Neemias 8. 1 - 9); (2º) O arrependimento e confissão de pecados (Neemias 9).

Que Deus em Cristo Jesus, a todos  abençoe agora e na eternidade.

Pr. Josué Ribeiro da Costa. Aprendiz de Teologia.
  

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Uma avaliação de nossa existência

"E este perguntou: - Qual a sua idade?Jacó respondeu: - Já estou com 130 anos de idade e sempre tenho andado de um lado para outro. A minha vida tem passado rapidamente, e muitos anos foram difíceis. E eu não tenho conseguido viver tanto quanto os meus antepassados, que tiveram uma vida tão dura como a que eu tive" (Gênesis 47. 8, 9, NTLH).

Nossa existência deve ser composta de tempo (quantidade), e de conteúdo (qualidade). As palavras do patriarca Jacó exprimem exatamente esses dois fatores tão importantes e que devem gerar por parte de cada pessoa uma sincera avaliação. É interessante que Faraó pergunta a idade e Jacó desabafa, abre seu coração e expõe com poucas palavras o muito que dele sabemos quando ainda era o rapaz sedentário vivendo com o pai e a mãe. Aqui são bem vindas as palavras do rei Salomão que também teve uma vida bem agitada de altos e baixos, e em  um pouco de suas memórias ele escreve: "Lembre de seu Criador enquanto você ainda é jovem, antes que venham os dias maus e cheguem os anos em que você dirá: "Não tenho mais prazer na vida" (Eclesiastes 12.1).

A vida oferece prioridades, avanços, conquistas, derrotas e vitórias. Cada qual tem o enredo de sua existência. Algumas vezes o próprio dinamismo da vida faz com que sobre certos fatos não tenhamos controle, estão além de nosso alcance, no entanto na maior parte do trajeto Deus permite e concede o livre arbítrio que é o poder de decidir. Os que pensam diferente são levados às raias do fatalismo. 

Jacó tem 130 anos de vida, mas se pudesse voltar no tempo e espaço talvez não usasse de uma ação sagaz para apropriar-se da primogenitura de Esaú. De ter usado  meios fraudulentos, mesmo que devidamente orientado pela própria mãe para apropriar-se da benção que seria do irmão mais velho. Foragido em Harã onde reside com o tio Labão também um enganador, Jacó descobre e colhe os frutos da semeadura.   Se irônico ou não, estava tudo entre família. "Aquilo que o homem semear, isso também ceifará" (Gálatas 6.7).  foi dito com  muita maestria que: "Mais importante que acrescentar dias à sua vida, é acrescentar vida aos seus dias". Não deve ser esquecido o triste episódio no qual os dez filhos em conluio enganam Jacó quanto ao paradeiro de José. A verdade viria às claras anos depois.

Em avaliação pessoal, é possível que Jacó tenha vasculhado seus anos de vida e feito um inventário, descobrindo que viveu ladeado pelo escapismo e  ativismo, fatos que têm sido a prática de muitas pessoas que na verdade mascaram questões intra-pessoais, familiares e particulares não resolvidas devidamente. A pessoa usa um tipo de cortina para esconder-se, mas até quando? O escapismo é caracterizado " pela fuga e evasão. É o alívio ou a distração mental de obrigações ou realidades desagradáveis recorrendo a devaneios e imaginações", por outro lado, o ativismo é demonstrado pela intensa, exagerada e desproporcional atividade. Não há tempo para Deus, para a meditação na santa e bendita Palavra,  para a família. Por inúmeras vezes não se entende que a ordem das prioridades é (1) Deus; (2) Família e (3) Igreja.

Alguns fatos a serem refletidos sobre a vida de Jacó.

  • Na edição Almeida Revista e Atualizada (ARA), no mesmo texto acima Jacó expressa-se: "os dias dos anos das minhas peregrinações são 130 anos". Teria ele escolhido ou teria sido jogado em tais peregrinações? Quem seriam os culpados? Faltou orientação? Ou as orientações foram erradas? Na metáfora do Novo Testamento,  a vida cristã é uma peregrinação, mas parece que o patriarca quer dizer que suas peregrinações poderiam ter sido mais amenas se ele mesmo não tivesse produzido tantos percalços para si;
  • e continua: "poucos e maus foram os anos da minha vida". Jacó deve ter na lembrança que fora próspero, mas sem qualidade de vida. Ele está arcado pelos anos de existência e deixa a lição que não é apenas "anos de vida", mas de conteúdo, ideais, perspectivas e qualidade. Mais tarde o sacro escritor pergunta: "Louco, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens guardado, para quem será"? (Lucas 12.20);
  • Nessa perspectiva o salmista suplica: "Ensina-nos a contar nossos dias, para que alcancemos coração sábio" (Salmos 90.12);
  • Jacó é a figura do crente carnal que aprende às duras penas, preferindo  transigir com o mundo. Nos conflitos esse tipo de crente confia mais em si do que em Deus. Deseja as bençãos por meios ilícitos e para consegui-las não mede as consequências;
  • "E não chegaram aos dias dos anos da vida de meus pais, nos dias de suas peregrinações". Jacó ainda viveu 17 anos, mas em sua avaliação, tanto o avô Abraão, quanto seu pai Isaque, mesmo em suas peregrinações e deslizes que cometeram tiveram um saldo mais positivo e que ele Jacó, lamentava ter ficado distante e insiste que teve longevidade, mas sem a devida qualidade;
  • Nota digna de registro é que Jacó aquilata as adversidades sofridas, tristezas, trapassas que aplicou, imaturidade associada a desejos sagazes, mas não culpa a terceiros. Não se diz vítima ou perseguido de quem quer que seja;
  • Louvamos a Deus pela transparência e imparcialidade de Sua Palavra em não esconder as fraquezas, pecados e deslizes de seus personagens. O cronista bíblico registrou o depoimento de Jacó, apenas um versículo, mas de uma profundidade eterna. Jacó aparece na galeria dos heróis da fé, na epístola aos Hebreus.
Deus a todos abençoe agora e na eternidade.

Pr. Josué Ribeiro da Costa. Aprendiz de Teologia.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Deus e o Titanic

"Porque a sabedoria deste mundo é loucura diante de Deus; porquanto está escrito: Ele apanha os sábios na própria astúcia deles. E outra vez: O Senhor conhece os pensamentos dos sábios, que são pensamentos vãos" (1 Coríntios 3.19,20).

É mais que conhecida a história que diante da imponência do navio Titanic, um arrojo da construção naval à época, e diante do público que o admirava antes de sua partida para os Estados Unidos, alguns construtores e engenheiros não temeram em dizer que a segurança da embarcação não conhecia limites e quem nem Deus poderia afundar o Titanic. Já na rota de viagem o comandante da embarcação trouxe explicações e informações aos passageiros ratificando que a segurança era total mesmo com a possibilidade de panes ou imprevistos. Se foram declarações despretensiosas, talvez permeadas com um pouco de vaidade profissional ou um claro desafio, Deus ouviu e o Titanic afundou há cem anos.

Documentários muito bem feitos tentam uma explicação para a inconcebível tragédia, e é lógico que o pesquisador sempre descarta a hipótese do sobrenatural, ou seja, de uma ação divina de juízo. As linhas de investigação sempre voltam ao centro da questão: A portentosa embarcação mesmo que sofresse as mais pesadas avarias, ainda assim não afundaria e por que afundou?

Antes e bem antes, os homens em seus desvarios, inquietações e palavras desafiadoras a Deus já afundaram. Aqui, as presentes linhas não serão muito extensas e nem terão o intuito de provar a existência de Deus, pois as provas são mais que suficientes e estão patentes não precisando de extensas pesquisas, viagens cansativas e que oneram muito. As possibilidades de se constatar a existência de Deus a "olho nú" são inumeráveis e sem muita complexidade.

Esclarecido deve ser que Deus em seu infinto amor, misericórdia, graça e perdão, não se ufana de precisar castigar a quem quer que seja. Ele não é sádico e perverso. Ele é e continuará amoroso como prerrogativa de seus muitos atributos, mas se nas leis da física o princípio de "toda ação compreende uma reação", por que as pessoas insistem em desafiar a Deus e acharem que a lei da semeadura não será efetivada obedecendo os moldes e tempo do Senhor?

E aqui é muito bem vindo o sagrado texto da Epístola de Paulo aos Romanos quando o apóstolo absorto e tomado de comtemplação, queda-se reverentemente: "V.33- Como são grandes as riquezas de Deus! Como são profundos o seu conhecimento e a sua sabedoria! Quem pode explicar as suas decisões? Quem pode entender os seus planos? V.34- Como dizem as Escrituras Sagradas: "Quem pode conhecer a mente do Senhor? Quem é capaz de lhe dar conselhos? V.35- Quem já deu alguma coisa a Deus para receber Dele algum pagamento?" V.36- Pois todas as coisas foram criadas por Ele, e tudo existe por meio Dele e para Ele. Glória a Deus para sempre" Amém!" (Epístola aos Romanos 11.33-36).

Deus a todos abençoe agora e no dia da eternidade.

Pr. Josué Ribeiro da Costa. Aprendiz de Teologia.

terça-feira, 6 de março de 2012

...Devíeis, porém, fazer estas coisas, sem omitir aquelas!

Tem ocorrido um certo frenesi quanto ao aparato logístico de algumas igrejas evangélicas, ou seja, acomodações, estrutura de som, computadores e seus acessórios, ambiente climatizado, acessiblidade ao local. Resumindo: é aquilo que determinada igreja oferece de bem estar aos que nela chegam. Em alguns lugares não se chama mais de igreja, mas de comunidades, e há comunidades que entendendo as dificuldades de locomoção de seus congregados disponibilizam transportes para os mesmos. Ação como essa e outras que não tenham intenções escusas, são bem vindas e deveriam quando possível serem copiadas. No entanto, atrelado ao necessário aconchego que deve ter a casa de Deus deve estar a liturgia, que em simples palavras fala do serviço prestado a Deus e atrelado a liturgia o aspecto espiritual. A liturgia não pode ser estritamente formal, rígida. Há igrejas que usam o tradicional boletim contendo um esboço do culto e outras informações o que não neutraliza em nada a operação do Espírito Santo. Aqui vale lembrar a suntuosidade do templo dos judeus em Jerusalém, mesmo assim a seriedade do culto e dos que dele participavam eram uma exigência divina. Na inauguração e consagração do templo pelo rei Salomão, o sacro escritor registra: "Tendo Salomão acabado de orar, desceu fogo do céu e consumiu o holocausto e os sacrifícios; e a glória do Senhor encheu a casa" (2 Crônicas 7.1). A organização, a tecnologia e seus afins devem estar subordinados à direção do Senhor Jesus. Desencontros acontecem quando as partes de um culto passam a ser mais importantes e mais imponentes que o todo. Um culto evangélico sério e orientado pela Palavra de Deus, precisa sim de atrativos, mas não de atrações. Qualquer parte do culto que envolva os departamentos da igreja não deve trazer a idéia de entretenimento ou de um artifício que sugira diversão. Um culto envolve doações de tempo, de vidas, de prévios ensaios de corais, de orquestras, de grupos/bandas musicais, assim como o devido preparo e graça daquele que ministrará a santa e bendita Palavra de Deus, e coerente com esse pensamento o apóstolo Paulo recomendou: "Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional" (Carta de Paulo aos Romanos 12.1).
Por outro lado é muito temerário abrir mão e até desconsiderar os recursos materiais acima elencados com a desculpa que a espiritualidade do culto será afetada ou mesmo anulada e daí surge o argumento mesquinho que faz alusão aos velhos tempos em que os irmãos se deslocavam com muita dificuldade até suas congregações. Tais apologistas esquecem que não só nos rincões da nação brasileira mas em várias partes do mundo há um grupo de fiéis e amados irmãos que ainda serve a Jesus em suas respectivas igrejas ou comunidades mesmo sem as benesses de um veículo para locomoção, sem assentos confortáveis, sem luminárias de última geração e que precisam da santa companhia de suas Bíblias, quando têm, porque nunca viram um data-show.
Conclue-se então, que tendo-se ou não os acessórios da tecnologia em uma igreja deve-se almejar antes de tudo que a ação do Espírito Santo seja notada e patente. Se há em certos cultos exageros, aberrações deve-se identificar que a acão não é do Espírito Santo mesmo que alguns descaradamente e sem o mínimo de pudor insistam que fizeram certas extravagâncias mandados pelo Espírito de Deus.
"Devíeis, porém, fazer estas coisas, sem omitir aquelas"!

Que Deus a todos abençoe agora e no dia da eternidade.

Pr. Josué Ribeiro da Costa. Aprendiz de Teologia.

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Jesus ungido por Maria em Betânia

"Seis dias antes da Páscoa, foi Jesus para Betânia, onde estava Lázaro, a quem ele ressuscitara dentre os mortos. Deram-lhe, pois, ali, uma ceia; Marta servia, sendo Lázaro um dos que estavam com ele à mesa. Então, Maria, tomando uma libra de bálsamo de nardo puro, mui precioso, ungiu os pés de Jesus e os enxugou com os seus cabelos; e encheu-se toda a casa com o perfume do bálsamo" (Evangelho de João 12.1-3).

Que Deus em Cristo Jesus a todos abençoe agora e no dia da eternidade.

Pr. Josué Ribeiro da Costa. Aprendiz de Teologia.

sábado, 7 de janeiro de 2012

Para reflexão

"A morte que os homens tanto temem, apenas é a separação entre corpo e a alma, mas a morte que os homens não temem, é a eterna separação de Deus" (Agostinho, 354-430).

"E lhes proferiu ainda uma parábola, dizendo: O campo de um homem rico produziu com abundância. E arrazoava consigo mesmo, dizendo: Que farei, pois não tenho onde recolher os meus frutos? E disse: Farei isto: destruirei os meus celeiros, reconstruí-los-ei maiores e aí recolherei todo o meu produto e todos os meus bens. Então, direi à minha alma: tens em depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe e regala-te. Mas Deus lhe disse: Louco, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será? Assim é o que entesoura para si mesmo e não é rico para com Deus" (Evangelho de Lucas 12. 16-21).





Pr. Josué Ribeiro da Costa, Aprendiz de Teologia.





Que Deus em Cristo Jesus a todos abençoe agora e no dia da eternidade.