terça-feira, 25 de agosto de 2009

Bíblia: um Livro de critérios

Ao se ver as inúmeras agressões feitas à Palavra de Deus, sejam por palavras ou práticas litúrgicas, o zelo e brio dos mais pacientes afloram visivelmente. Ao se falar em critérios na Bíblia quer se dizer que sua leitura, interpretação e aplicação devem também ser sensatas (criteriosas). Distorções e aberrações sem fim são feitas em nome e com a desculpa de que "está na Bíblia".

O bom conhecedor das leis de hermenêutica bíblica fará diferença entre o que a Bíblia autoriza ou não a fazer, e aquilo que a pessoa para endossar um ponto de vista, um novo costume e hoje muito em voga criar atrações para o povo, cita a Bíblia para ter maior respaldo. Existem textos e passagens bíblicas que são tomadas sem nenhum escrúpulo e de forma isolada sem se conhecer usos e costumes dos povos bíblicos, assim como as regras básicas de interpretação bíblica.

Se a pessoa ou líder responsável tivesse um pouco de bom senso diria: "querida e amada igreja, congregação, grupo, etc, teremos uma inovação em nossas reuniões a partir de ... , mas quero deixar claro que não tem nada a ver com a Bíblia, sou eu o(a) responsável pela idéia". Mas parece que para tal atitude falta um pouco de coragem, discernimento e respeito à Palavra de Deus para não se falar em temor do Senhor. É mais fácil e confortador mascarar certas inovações citando a Bíblia para que se tenha um clima de aparente espiritualidade.

Os defensores das interpretações distorcidas citam muitos textos da Palavra de Deus e entre eles o que se referem à poligamia, ao respaldo em se tomar bebida alcóolica, etc. Quem sabe numa próxima oportunidade Deus permita citar fontes fidedignas que tratam dos dois assuntos (?), isto com transparência e bom senso. Agora, apenas alusão a um texto que não é comum ser citado pelos falsos hermenêutas e que eles já sabem que a referida passagem não é literal, ou seja, não deve ser tomada ao pé da letra.

Jesus em seu profundo e atualíssimo sermão da montanha citou um texto que o evangelista Mateus assim registrou: "Se o teu olho direito te faz tropeçar, arranca-o e lança-0 de ti; pois te convém que se perca um dos teus membros, e não seja todo o teu corpo lançado no inferno. E se a tua mão direita te faz tropeçar, corta-a e lança-a de ti; pois te convém que se perca um de teus membros, e não vá todo o teu corpo para o inferno"( Mateus 5.29,30).

Já se ouviu de mentecapto que desejou aplicar a si mesmo os versículos citados. Mas entre os que dizem "está na Bíblia", para acobertarem suas práticas litúrgicas ou mesmo cotidianas, não se viu pessoas sem olhos ou sem as mãos cumprindo o referido texto. Aliás, a bem da verdade e da justiça quantos estariam por aí cegos e manetas. A Bíblia é um livro rico em figuras e simbolismo e o texto proposto por Jesus insere-se entre os tais. Na época, o Mestre ensinava sobre a luxúria. No versículo 28, Jesus diz:"Eu porém, vos digo que qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar já em seu coração cometeu adultério com ela".

Ora, a questão da impureza está no intimo de cada um. Os membros do corpo humano apenas respondem as reações internas. O Antigo Testamento condenava o ato, a ação do adultério. O Novo, pelos ensinos de Jesus vai mais longe, condenando também as mais escondidas emoções e pensamentos escusos. Corrobora também o texto de Mateus 15. 28-20: "Mas o que sai da boca vem do coração, e é isso que contamina o homem. Porque do coração procedem os maus desígnios, homicídios, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos, blasfêmias. São estas coisas que contaminam o homem; mas o comer sem lavar as mãos não o contamina".

Fica claro que Jesus queria que seus ouvintes vissem que a verdadeira fonte do pecado jaz, não no orgão físico, mas no coração. O coração perverso do homem precisa ser mudado se ele quer escapar à ruina final do inferno. Que haja critérios na leitura, interprteção e aplicação da Bíblia Sagrada. Que Deus em Cristo Jesus a todos abençoe, agora e na eternidade.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

A Noite de São Bartolomeu

Alinhar ao centro O massacre de São Bartolomeu. Catarina de Médicis, mãe do rei( Carlos IX da França), romanista ardorosa e instrumento dócil do papa, deu a ordem, e, à noite de 24 de agosto de 1572, 70.000 huguenotes, inclusive a maioria dos seus líderes foram trucidados. Houve grande regozijo em Roma. O papa e seu Colégio de Cardeais foram, em solene procissão, à Igreja de San Marco, mandando cantar Te Deum em ação de graças. Mandou cunhar uma medalha comemorativa do massacre e enviou um cardeal a Paris para levar ao rei, e à rainha mãe suas congratulações, bem como dos cardeias. "Faltava um nada para a França tornar-se protestante; ela, porém esmagou o protestantismo na Noite de São Bartolomeu, 1572".

As guerras huguenotes

Em seguimento ao massacre de São Bartolomeu, os huguenotes uniram-se e se armaram para a resistência, até que, finalmente, em 1598, pelo Edito de Nantes, concedeu-se-lhes o direito de liberdade de consciência e de culto. Mas, nesse entretempo, uns 200.000 pereceram mártires. O Papa Clemente VIII achou "condenável" o Edito de Nantes. Depois de anos de trabalho dos jesuítas, às ocultas, o Edito de Nantes foi revogado, 1685, e 500.000 huguenotes fugiram para países protestantes,(Transcrito do Manual Bíblico de Halley, p. 701. V2. Sociedade Religiosa Edições Vida Nova. 1970).