terça-feira, 17 de maio de 2011

Ricas lições a quem administra

Normalmente um novo chefe, traz consigo novidades, surpresas e que serão vistas na sua nova administração. É lógico que ajam mudanças, pois cada indivíduo tem características próprias e se supõe que se necessário, sejam as referidas mudanças para melhor. Lamentavelmente em muitos casos ocorre o inverso quando mudanças são feitas sem nenhum critério, sem nenhum cuidado e para piorar algumas dessas mudanças são feitas para desfazer o que foi criado pelo antecessor. Essa é uma prática comum no universo da política, mas não podia ser no reino de Deus.



Assim registra o texto sagrado: "De acordo com a orientação dada por Davi, o seu pai, Salomão organizou os sacerdotes em grupos para fazerem o trabalho e também os levitas, que cantavam louvores a Deus e ajudavam os sacerdotes no trabalho de todos os dias. Também organizou os guardas em grupos, para os vários portões do Templo, tudo de acordo com com as ordens de Davi, homem de Deus" (2 Crônicas 8.14).



Falar da sabedoria de Salomão pode parecer redundância, mas como um dos luminares da História mundial e bíblica, ele, como o novo rei e inteligente que era podia engendrar substanciais mundanças na administração que recebera de seu pai. No texto de segundo Crônicas há referência à liturgia e a sua organização promovida pelo rei Daví com a unção do Espírito Santo, agora com o Templo recém inaugurado, o rei Salomão toma o serviço feito por Daví e insere no culto.



É bom se destacar que Salomão não fez mudanças tão somente por ter sido seu antecessor o próprio pai, mas por ter usado de um salutar critério, equilíbrio e bom senso, do qual fala muito em seus Provérbios.



No entanto em administrações diversas o que se tem visto é o desperdício de tempo, dinheiro, pessoas envolvidas, assim como magoadas com mudanças sem sentido de um novo líder que assume e às vezes em um arroubo momentâneo faz sua administração sofrer sérios prejuízos, tão somente por ter resolvido mudar para provar que pode mandar. Ah! se tais mudanças sem nexo, e incoerentes que visam promover o ego doentio mexessem no bolso dessas pessoas, a história seria outra com certeza.


Algumas considerações sobre mudanças a quem administra:


1) É hora de mudar?


2) A mudança é pertinente? É coerente? É responsável?


3) Visa o bem do todo?


4) Toda a mudança traz resistência, por isso o líder deve está ciente e seguro do que está fazendo. Há riscos a serem contabilizados.


5) Há mudanças que devem ser trabalhadas, amadurecidas. Os mais experientes concordam que o tempo pode ser um bom aliado.

6) Caso não dê certo determinada mudança, o líder deve assumir os juros da iniciativa errada.

7) O ditado que diz que é melhor arriscar e errar do que ser acusado de não ter arriscado, tem o seu lado relativo, pois há mudanças que envolvem mais que meras circuntânscias.

8) O líder representa um grupo, uma corporação, uma igreja evangélica, ou outro segmento. Em última análise ele é responsável por decisões, mudanças, erros e acertos do grupo que lidera.

9) O ponto oito nos arremete a um fato importantíssimo. Que cada líder tivesse acompahando de eficientes conselheiros. Vamos até o livro canônico de Provérbios de Salomão: "O país que não tem um bom governo cairá; com muitos conselheiros, há segurança" (Pv 11.14).

"Sem conselhos os planos fracassam, mas com muitos conselheiros há sucesso" (Pv 15.22).

"Procure bons conselhos e você terá sucesso; não entre na batalha sem antes fazer planos" (Pv 20.18).

10) Não havíamos pensado em dez pontos, coincidiu, mas a lista está aberta e aqui é sugerido a oração como aliada inseparável de quem administra. De quem vai estar sempre tomando decisões, enfim de quem vez por outra precisará fazer mudanças.

"Se lhe faltar conhecimento, procure ajuda com os homens. Se lhe faltar sabedoria procure a Deus. Ma s se lhe faltar bom senso, nem Deus nem os homens poderão lhe ajudar".

Que Deus a todos abençõe em Cristo Jesus, nosso Senhor.


Pr. Josué Ribeiro da Costa