sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Jonas, um profeta muito corajoso

"Respondeu-lhes: Tomai-me e lançai-me ao mar, e o mar se aquietará, porque eu sei que, por minha causa, vos sobreveio esta grande tempestade" (Jonas 1.12. ARA).

"Joguem-me ao mar", disse Jonas, "e ele ficará calmo de novo. Eu sei que sou o culpado dessa horrível tempestade" (Nova Bíblia Viva).

De maneira simples consideremos alguns aspectos nas palavras do profeta Jonas.
(1) A ênfase maior no ministério do profeta Jonas é quase sempre voltada para sua insólita e voluntária desobediência à clara ordem dada por Deus;
(2) Ele posteriormente entendeu que era o único culpado pela situação trágica que de repente viu-se envolvida toda a tripulação do navio que escolhera para fugir do Senhor e sua determinação;
(3) No entanto, um pouco antes a tripulação mesmo pagã teve o discernimento de que Jonas era o motivo de todo aquele reboliço (v.10);
(4) Pelo seu ato de desobediência não imaginou Jonas o quê poderia acontecer vindo da parte de Deus. Chama a atenção o profundo sono do profeta. Um tipo de sono que nem  a grande possibilidade de naufrágio da embarcação e a agitação de toda a tripulação foram capazes de acordar o profeta;
 (5) Por que lamentavelmente traços nítidos desta  história se repetem em diversas esferas? Por que ante "o bravio mar" de circunstâncias que mostram o caos e a proximidade de uma tragédia o culpado ou culpados não se manifestam como fez o profeta Jonas? Por que?
(6) Mesmo sendo acossado pela tripulação Jonas nos presenteia com este excelente lampejo de caráter e  assume a total culpa pela tempestade que está a ponto de despedaçar o navio;
(7) Onde estão os culpados que assumem suas mazelas, seus erros sem desculpas e não procuram alibis?
No livro histórico de Josué, sétimo capítulo, um cidadão de nome Acã, responsável pela derrota dos israelitas em Ai ficou calado até o último instante e se não fosse a averiguação do tipo "pente fino" determinada por Deus, Acã não teria se manifestado;
(8) "Tomai-me e lançai-me ao mar e o mar se aquietará, porque eu sei que, por minha causa, vos sobreveio esta grande tempestade".
(9) Jonas, o profeta corajoso, não deve ter aventado a possibilidade de um milagre diante da situação tão embaraçosa que ele mesmo criou;
(10) Até a tripulação sentiu-se incomodada em aceitar e cumprir a corajosa solução proposta pelo profeta (v.14);
(11) Conta-se a história de "Diógenes, o Cínico (com C mesmo) filósofo grego que viveu no ano de 323 a.C que perambulava pelas ruas carregando uma lanterna, durante o dia, alegando estar procurando um homem honesto. Ele acreditava que a virtude era melhor revelada na ação e não na teoria" (Blog do Carlos Brito. "A lanterna de Diógenes).
(12) Hoje, graças a Deus, a crise não está instalada de forma genérica porque muitos segmentos da sociedade primam pelos quesitos da imparcialidade, integridade, transparência em seus negócios. No lado evangélico há igrejas cristocêntricas e bibliocêntricas mesmo com a enorme pressão resistem incansavelmente aos ataques que confrontam caráter, temor e tremor a Deus, amor sincero e irrestrito ao reino de Deus,assim como postura e testemunho cristãos;
(13) Ressalte-se que Jonas poderia ficar calado ou mesmo desconversar e deixar que o mar bravio sucumbisse com a embarcação e respectiva tripulação e parece que isso ocorreria caso não tivesse sido acordado do seu profundo sono.
(14) O profeta Jonas tem através do relato do livro que toma o seu nome o peso da consequência de ter sido desobediente o que nos serve de solene aviso. No entanto, a sua disposição e coragem em assumir que era o culpado e pedindo que fosse jogado no mar revolto deve ser posto em evidência;
(15) Reiterado deve ser que o triste exemplo do profeta Jonas em desobedecer à primeira ordem do Senhor para ser o arauto do castigo sobre Nínive não deve ser copiado e que ninguém pense que sempre haverá um grande peixe à disposição dos desobedientes.

Que Deus a todos abençoe em Cristo Jesus agora e no dia da eternidade.

Pr. Josué Ribeiro da Costa. Aprendiz de Teologia.